Os últimos meses já foram mais fortes para o comércio, que traça estratégias para o fim do ano
Grandes redes de varejo esperam um aumento de vendas de 20% a 30% no Natal deste ano em relação a 2009. O crescimento da massa salarial, o avanço ainda constante do emprego e a oferta de crédito explicam a forte aposta do comércio, junto com a própria expansão física das empresas, que abriram novas lojas ao longo deste ano. A confirmação dos pedidos junto à indústria começa em outubro, mas algumas redes estudam antecipar encomendas para evitar prateleiras vazias no fim do ano.
No resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o aumento do consumo das famílias foi de 0,8% sobre os primeiros três meses do ano, a menor taxa desde o íncio de 2009. Para o varejo, esse resultado foi um ponto fora da curva influenciado pela Copa do Mundo e também pela antecipação de compras de produtos beneficiados com incentivos fiscais no primeiro trimestre.
Os últimos meses já foram mais fortes para o comércio, que traça estratégias para o fim do ano. A gaúcha Lojas Colombo, com 340 pontos de venda em cinco Estados, espera um crescimento de 20% nas vendas de Natal em comparação com o mesmo período de 2009 e vai ampliar as encomendas da indústria na mesma proporção. Em agosto, a Lojas Cem vendeu 30% mais que em igual mês de 2009, resultado que animou a rede a estimar igual crescimento para o fim do ano.
A catarinense Berlanda aposta no calor e na consequente venda de ventiladores e aparelhos de ar condicionado como elemento extra para impulsionar os negócios de fim do ano, cuja meta é um aumento de 30% sobre 2009. A empresa vai definir as programações de compras junto aos fornecedores nesta semana. A Ricardo Eletro planeja vendas 40% maiores em todo o segundo semestre.
O professor Francisco Eduardo Pires de Souza, da UFRJ, acredita que a alta do PIB será de 8% neste ano, puxada pelo conjunto da demanda doméstica - famílias, investimento e governo (que sustentou uma alta maior do PIB no segundo trimestre). "As condições estruturais estão colocadas: emprego formal, salários, investimentos e concessão de crédito continuam em alta", afirma o economista.
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